A Polícia Civil deu início à 3ª fase da Operação Laura, cumprindo mandados de busca e apreensão nas cidades de Itanhaém, Mongaguá, São Vicente e Santos, no litoral de São Paulo. A ação, que aconteceu na manhã desta segunda-feira (1º), teve como alvo uma organização responsável por fraudar licitações públicas para favorecer o crime organizado.
Segundo a Polícia Civil, nesta fase, as equipes apreenderam telefones celulares, pastas com documentos públicos, comprovantes de doações para campanha eleitoral, armas de fogo, sendo duas pistolas e uma carabina, munições e a quantia de R$ 62.763 em dinheiro.
De acordo com a polícia, todo o material será analisado e servirá como fonte de informação para a continuidade das investigações, que visam à identificação e prisão de todos os integrantes da organização criminosa.
A operação foi coordenada por policiais da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Itanhaém, juntamente com equipes da 1ª Delegacia de Investigações Gerais de Santos.
Operação Laura
A primeira fase da Operação Laura foi realizada em novembro de 2020, para prender suspeitos de ajudar uma foragida da Justiça a dar à luz de maneira clandestina no Hospital Regional de Itanhaém. Segundo informações da Polícia Civil, ela era integrante de uma organização criminosa que atua dentro e fora de presídios.
A mulher, que utilizou um nome falso e, também, deu nome falso à filha, foi capturada logo após receber alta. Durante as investigações, a equipe identificou os suspeitos que a auxiliaram a ter acesso ao hospital sem identificação. Na primeira fase da operação, seis pessoas foram presas.
Entre os envolvidos, está o vereador reeleito de Peruíbe, Abgair Aparecido da Silva, e o diretor da empresa que era responsável pelo transporte público de Itanhaém. A partir dessas prisões, a polícia conseguiu descobrir o esquema que envolvia outros políticos e empresários envolvidos em licitações públicas para favorecer o crime organizado.
Na segunda etapa, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão nas cidades de Mongaguá, São Vicente, Peruíbe e Cajati, para investigar um esquema envolvendo políticos e empresários da região, que estariam articulando licitações públicas para favorecer o crime organizado.
Nesta ação, um empresário de Cajati foi preso e um ex-secretário da Prefeitura de Itanhaém teve a prisão temporária decretada. De acordo com as autoridades, ambos são responsáveis por tentar facilitar a contratação de uma empresa de transporte em Itanhaém, ligada a uma organização criminosa que atua dentro e fora dos presídios.