Um grupo protestou por mais segurança em Itanhaém, no litoral paulista, nesta segunda-feira (4), após uma mulher de 41 anos ser morta durante um assalto no município. A manifestação ocorreu durante uma sessão da Câmara Municipal, contando com amigos e familiares da vítima e comerciantes, que se revoltaram com o crime contra a autônoma Alessandra Tomie Watanabe Kokubun Fagundes.
A sessão começou por volta das 19h, mas as pessoas chegaram ao local às 18h. Os manifestantes chamaram o presidente da Câmara, Silvinho Investigador (Solidariedade), para uma conversa, pedindo por mais medidas de segurança na cidade.
A morte da autônoma é o segundo latrocínio ocorrido em Itanhaém em pouco mais de uma semana. No dia 24 de setembro, uma adolescente e um pedreiro morreram durante um assalto a uma residência. E outras duas ficaram feridas gravemente.
Durante o protesto, a filha da vítima relatou que a mãe era muito trabalhadora. “Ela deixa um legado de guerreira, de batalhadora, sonhadora. Estava trabalhando muito para conquistar as coisas. E a gente quer segurança, para comerciante, para todo mundo da cidade. A segurança é o que a gente cobra”, diz Barbara Tiemi Fagundes.
A prima de Alessandra, Duyana Watanabe, também lamentou o ocorrido. “O que a gente quer é mais segurança na cidade, porque toda a minha família mora aqui, é comerciante. Quer uma cidade mais protegida, porque, infelizmente, aconteceu na semana passada, agora aconteceu na minha família. Foi uma vida, não foram bens materiais, eles simplesmente mataram minha prima. Mataram uma pessoa que acordava 6h e dormia 23h trabalhando. Tiraram a vida da minha prima, e a minha família está em pedaços, a gente não sabe como continuar”, disse emocionada.
O Crime
Alessandra foi baleada na frente do estabelecimento da família, na Praça Benedito Calixto, no Centro, por volta das 22h de sábado (2). O local fica a 350 metros do 1º DP da cidade. Ela estacionou o carro e, ao sair, foi cercada por cinco criminosos, que anunciaram o assalto. A vítima foi atingida com um tiro na cabeça e outro no abdômen.
Após o crime, os bandidos fugiram em dois carros, levando o carro da vítima. O veículo dela foi abandonado e incendiado na Rua Vinte e Um, no bairro Bopiranga. A tia da autônoma, Lúcia Watanabe Muniz, afirmou que o pai da jovem, que também estava no local, foi socorrer a pessoa que havia sido baleada sem saber que se tratava da própria filha.