Um pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) foi resgatado nesta quarta-feira (29) por uma equipe do Instituto Biopesca (IBP) na praia da Vila Mirim, em Praia Grande, no litoral paulista. A ave estava debilitada e foi levada para cuidados na Unidade de Estabilização da entidade, no munício onde ocorreu o resgate.
O IBP resgata animais marinhos que encalham, vivos ou mortos, nas praias de Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, litoral centro-sul de São Paulo. Conforme explica o Instituto, os pinguins-de-Magalhães migram dos mares da Argentina, Chile, Uruguai e Ilhas Falklands (Malvinas).
Ainda segundo informado pelo IBP, eles formam colônias nas costas desses países e nas Ilhas, onde se reproduzem de setembro a fevereiro. A migração ocorre entre maio e agosto, quando partem para água mais quentes do Brasil em busca de alimento. É nessa viagem que os mais jovens podem se perder e virem a encalhar nas praias, debilitados pela longa viagem.
O Biopesca alerta que, caso a pessoa encontre um pinguim encalhado na praia, não se aproxime e acione imediatamente um órgão ambiental. Segundo o Instituto, já houve registros de casos em que pinguins foram colocados dentro de geladeiras, coolers ou freezers, procedimento que pode levar o animal à morte. “Sabemos que, em muitos casos, a intenção pode ser boa e a pessoa quer ajudar o animal, mas esse procedimento é completamente errado”, explica a médica veterinária Vanessa Ribeiro, do Biopesca.
O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.
Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados, ou mortos, a população pode entrar em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).
Fonte G1