Após negociação, terminou o motim por volta das 21h30 desta segunda-feira (16) no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Mongaguá que teve a fuga em massa de detentos, a maior da Baixada Santista, e que manteve funcionários como reféns.
Até às 23 horas desta segunda, cerca de 170 presos tinham sido recapturados. Um deles é João Germano Pinto, fugitivo que foi encontrado por policiais civis da Delegacia Sede de Mongaguá próximo à Plataforma de Pesca.
Os trabalhos para recapturar os fugitivos mobilizam policiais militares e civis e contam com um aparato inclusive ajuda do helicóptero Agia da Policia Militar.
O capitão Elisiário que é porta-voz da Polícia Militar na Baixada Santista e Vale do Ribeira, ressaltou que devido à fuga a policia está intensificando as ações, “direcionando o policiamento para as principais rotas que os presos podem ter seguido para uma ação mais rápida e assim poder recapturá-los e devolvê-los ao sistema prisional”.
Os presos que fugiram, no final da tarde, deixaram a unidade pela porta da frente e pelas laterais, no momento da contagem. O sistema usado para fuga é conhecido como “cavalo doido”.
O serviço de inteligência das policias afirmam que um dos motivos da rebelião, que não é isolada, já que houve outros motins em outras unidades do Estado, pode ser o descontentamento da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) com a rigidez do regime federal em que estás lideranças, incluindo o chefe máximo, Marcos Camacho, o Marcola, preso em Rondônia.
Recentemente, houve um “salve” (ordem) da facção para que presos se recusem a ir a audiências judiciais, o que chegou a ser constatado em casos na Região. Entretanto somando se a isso o descontentamento dos presos de semiaberto com a decisão judicial que suspendeu a próxima saída temporária por risco de contágio por corona vírus e eventual transmissão a outros detentos.
O CPP tinha 2,7 mil detentos, conforme os últimos dados da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
Em nota, a SAP afirmou que a unidade, por ser de regime semiaberto, não possui vigilância armada por determinação da legislação brasileira.
Prefeitura de Mongaguá informa.
A prefeitura de Mongaguá, por meio de nota, informou que tomou medidas após fuga de presos que diante do fato lamentável ocorrido nesta segunda-feira dia 16, quando centenas de detentos fugiram do centro de progressão Penitenciaria (CPP), por questão de segurança para a população, assim como para os servidores municipais.
Nesta terça-feira, 17 a administração municipal fará uma atualização sobre o funcionamento da mesma para o restante da semana.
Cabe ressaltar que esta em curso uma ação conjunta das forças de segurança (Policia Militar, Policia Militar Rodoviária, Romu de Mongaguá e guarda Civil Municipal), a fim de recapturar os detentos.
O Governo de São Paulo confirmou na noite de segunda-feira, que estão em andamento rebeliões em outros três Presídios do Estado, além de Mongaguá: Nos Centros de Progressão Penitenciaria de Tremembé, Porto Feliz e de Mirandópolis no interior.