Temporal provoca alagamento e quedas de árvores na Baixada Santista

As chuvas que atingem as cidades da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, estão causando transtornos aos moradores nesta segunda-feira (10). Em Santos, além de vias alagadas, foram registradas ao menos cinco quedas de árvores e um deslizamento de terra.

O temporal teve início ainda durante a noite de domingo (9). Segundo o Climatempo, o temporal foi causado com a chegada de uma frente fria no litoral de São Paulo. A previsão é de que as chuvas continuem ao longo desta segunda-feira e as temperaturas fiquem amenas.

Por conta das chuvas, moradores de diferentes bairros da Cidade registraram pontos de alagamento em ruas e avenidas. A Companhia de Engenharia de Tráfego de Santos (CET-Santos) foi acionada para auxiliar motoristas em diversas ruas.

Segundo a CET, a situação está complicada na Avenida Nossa Senhora de Fátima, no sentido Centro de São Vicente. Veículos de pequeno porte já estão com dificuldades em transitar na altura da rua Ana Santos. A Praça Washington também está com pontos de alagamentos.

Os moradores registraram quedas de árvores em diferentes pontos de Santos. Ainda na noite de domingo, uma árvore caiu sobre um carro na Rua Martin Francisco, no bairro Encruzilhada. Bombeiros retiraram a árvore e liberaram a via. Houve quedas de árvores de árvores também na rua Antônio Bento de Amorim, no Marapé e na Praça da República, no Centro de Santos.

A Defesa Civil de Santos também registrou o deslizamento de uma barreira próximo ao cruzamento entre a Avenida Martins Fontes e a Rua Visconde do Embaré, no Centro da Cidade. Os morros permanecem sob estado de atenção.

De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a cidade registrou quase 90 milímetros de chuva nas últimas 24 horas.

Estradas e balsas

De acordo com a Dersa, em razão da altura e da força da maré, a travessia de balsas entre Santos e Guarujá apresenta lentidão. Há seis embarcações operando e o tempo de espera para o embarque é de 20 minutos em Santos e 50 minutos em Guarujá.

O Sistema Anchieta-Imigrantes também foi afetado. A rodovia dos Imigrantes está com interdições no km 65 por causa de alagamentos. Na pista sentido a Praia Grande, o tráfego flui pela faixa da esquerda. Já no sentido oposto, em direção a São Paulo, o tráfego está paralisado e há congestionamento de aproximadamente cinco quilômetros.

Os motoristas enfrentam alagamentos na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, em Cubatão. No Km 276, sentido a Praia Grande, o tráfego foi totalmente paralisado por conta do alagamento na pista. Equipes da Ecovias foram encaminhadas para liberar a rodovia. No sentido oposto, em direção a Guarujá, o trânsito flui normalmente.

São Vicente

A Prefeitura de São Vicente, por meio da Defesa Civil, informou que o acumulado pluviométrico das últimas 72 horas é 90,4 mm. O total de chuvas do início de fevereiro até o momento é de 480 mm, superando o índice de 400 mm esperado para todo o mês. O nível vigente é de atenção.

Não há registro de ocorrências, apenas muitos pontos de alagamentos ocasionados pela combinação de chuva forte e maré alta.

A Secretaria de Trânsito e Transporte (Setrans) informa que realizou o bloqueio para o tráfego de veículos nas vias: avenida Mascarenhas de Morais, na Vila Margarida, próximo à Linha Amarela no acesso à Rodovia dos Imigrantes; avenida Augusto Severo, no Jóquei Clube;

Cubatão

Moradores do bairro Pilões, em Cubatão, registraram alagamentos intensos no Caminho dos Pilões. A chuva também causou transtornos nos bairros Vila Verde, Vila Natal, Vila Nova e Esperança.

Segundo a Defesa Civil de Cubatão, houve pontos de alagamentos por quase todo o município. Os acumulados são 115 mm na região da Serra e 65 mm na região central. A Comdec permanece em estado de atenção.

Itanhaém

A cidade de Itanhaém registrou o maior volume de chuva das últimas 24 horas na Baixada Santista. De acordo com o Cemaden, o bairro Balneário Gaivotas teve 195 milímetros de chuva durante o período.

Moradores sofreram com alagamentos no bairro Santa Cruz, onde o volume de água não baixou em vias como a Rua Elisa Mariana de Oliveira. A Avenida Nelson de Barros, no bairro Jardim Grandesp, também foi afetada pelo temporal.

Peruíbe

Moradores de Peruíbe também registraram transtornos por conta das chuvas. No município, onde chegou a chover 167 milímetros nas últimas 24 horas, ruas como o Rio Preto, no bairro Jardim Ribamar, e Sorocaba, no Caraguava ficaram alagadas.

Ainda por causa das chuvas, a Defesa Civil interditou a estrada da Serra do Guaraú. Segundo a prefeitura, o protocolo de segurança, estabelecido para utilização da estrada, determina que diante de fortes e constantes chuvas e ventanias, o trecho seja interditado devido ao risco de queda de barreiras ou árvores, visando garantir a segurança dos usuários da via. Não há previsão para liberação da estrada.

Mongaguá

Em Mongaguá, o bairro Agenor de Campos sofreu prejuízos com as chuvas. Além dos alagamentos, uma árvore caiu e interditou um cruzamento da Avenida Nossa Senhora de Fátima. No município, choveu cerca de 87 milímetros de chuvas.

Há pontos de alagamentos em vias próximas ao Riacho Barranco Alto, Itaóca e Vila Atlântica. A Defesa Civil segue percorrendo os bairros em monitoramento. De acordo com os técnicos, houve uma queda de árvore na esquina da Avenida Nossa Senhora de Fátima com a Rua Bertioga.

No momento, não há condições técnicas para desobstruir valas, canais, galerias e bueiros porque continua chovendo. Além disso, a cheia de rios e córregos, maré alta e solo encharcado dificultam o escoamento das águas das chuvas. Com isso, muitas áreas continuam alagadas. Os serviços só poderão ser executados quando o nível das águas baixar.

Praia Grande

A Prefeitura de Praia Grande informou, por meio da Defesa Civil, que não foram registradas ocorrências relacionadas às chuvas entre a noite de terça-feira (4) e a manhã de quarta-feira (5). O índice pluviométrico registrado nas últimas 24 horas foi de 36 milímetros e o acumulado nas últimas 72 horas foi de 231 milímetros. A Defesa Civil da Cidade encontra-se em estado de atenção, uma vez que o acumulado ainda está acima dos 80 milímetros, conforme determina o Plano de Prevenção de Defesa Civil (PPDC). Pontos de acúmulos de água estão sendo escoados pelo sistema de drenagem municipal e não houve desabrigados ou desalojados na Cidade.

Fonte G1 fotos divulgação; Arquivo Pessoal/Andreia da Silva , Arquivo Pessoal/Jaime Pereira, Arquivo Pessoal/Silvio

Relacionados